O município de Nova Palmeira, situado a aproximadamente 242 km de João Pessoa, tem uma história rica que remonta ao final do século XIX. A cidade foi oficialmente emancipada em 14 de novembro de 1963, mas sua formação como povoado começou muito antes disso.
O povoado de Nova Palmeira teve seu início em 1880, quando o pioneiro Francisco Bezerra de Medeiros, mais conhecido como Chico Caçote, implantou a Fazenda Jerimum no local onde hoje está a cidade. Além de Chico Caçote, outros proprietários também contribuíram para o crescimento da área, como Pedro Antônio dos Santos, José Bezerra de Medeiros e Manoel Clementino de Mendonça. Esses primeiros habitantes desempenharam um papel crucial na ocupação e no desenvolvimento da região.
Em 1818, Francisco Bezerra de Medeiros doou um terreno onde foi construída uma capela dedicada a Nossa Senhora da Guia, que se tornou a padroeira da nova povoação. A igreja foi um marco importante para a comunidade, funcionando como centro de reunião e de fortalecimento das tradições religiosas e culturais do lugar.
Originalmente chamado de Jerimum, o povoado passou a ser denominado Nova Palmeira a partir de uma sugestão de Manoel de Souza Lima, então prefeito de Picuí, município ao qual o povoado pertencia. O prefeito teve a ideia de levar duas mudas da palmeira, árvore característica da região, e plantá-las em local de destaque, simbolizando o novo nome e a esperança de prosperidade para a comunidade.
Com o constante crescimento da população e da economia local, Nova Palmeira foi elevada à categoria de distrito, pela Lei Municipal nº 2640, de 20 de dezembro de 1961. Inicialmente subordinado ao município de Pedra Lavrada, o distrito passou a ter uma administração própria, o que impulsionou ainda mais o seu desenvolvimento.
Finalmente, em 14 de novembro de 1963, através da Lei Estadual nº 3102, o povoado de Nova Palmeira foi desmembrado de Pedra Lavrada e elevado à categoria de município, conquistando sua autonomia política e administrativa.
Hoje, Nova Palmeira é um município que carrega em sua história o legado de seus primeiros habitantes, como Chico Caçote, e a influência da religião e da natureza, com sua ligação simbólica à palmeira. Com a emancipação, a cidade conquistou sua identidade própria e continua a crescer, mantendo viva a tradição de hospitalidade e o forte vínculo com o campo, que sempre foram características marcantes da região.